Num texto soberbo sobre o maravilhoso mundo dos livros, da literatura, da poesia, intitulado "A Cidade dos Livros", o poeta e escritor colombiano William Ospina, celebra como poucos a magia do livro e da leitura; o encanto que encerra uma das marcas mais fascinantes da nossa humanidade. E porque é difícil resistir a muitas das passagens desse texto, eis um pequeno excerto (em tradução livre) que vale de todo a pena desfrutar:
"O livro só vive quando alguém o abre, só começa a falar quando alguém o evoca, só liberta os seus tesouros quando alguém faz despertar a magia que ele encerra. (...) Para aquele que se deleita com a beleza da linguagem, o rigor dos pensamentos, o voo da fantasia, a paixão das histórias, a verdade dos personagens, um livro é tão vasto como uma cidade, tão misterioso como um ser humano, tão imenso como a vida..." _ William Ospina
1 comentário:
Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
O sol doira
Sem literatura.
O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como tem tempo não tem pressa...
Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quanto é melhor, quanto há bruma,
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!
Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.
O mais que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca...
Fernando Pessoa
O poeta que defende a liberdade de nao ler pela obrigaçao mas pelo prazer, pois, "Grande é a poesia". Os livros mostram nos mundos para além do Mundo, mostram-nos pessoas, culturas, o Mundo, os sons, as cores, sentimentos...no fundo mostra-nos o Eu que todos encerramos.
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