A interacção que tanto se apregoa da net, ou dessas estranhas ferramentas que dinamizam o espaço cibernético, tem destas coisas: não é que cria mesmo interactividade, troca de informação! Pois é, os electrões mostram a sua força e, pela caixinha dos comentários, lá nos chega uma sugestão poética. Venham daí as sugestões, os comentários, o excerto que toca, o texto que guardam, o poema que querem partilhar... O J. Veiga dá-nos a ler Gastão Cruz com um poema da obra "
A moeda do Tempo". Sugestão enviada para caixa dos comentários que, reparo agora, é anterior à notícia de ontem que dá conta precisamente que Gastão Cruz (com a obra citada), Mário Cláudio (com "
Camilo Broca") e José Pedro Serra (com "
Pensar o Trágico"), foram precisamente os vencedores da 28ª edição dos Prémios Literários do P.E.N. Clube Português.
Fica a menção, vamos ao poema:
A LUZUm tempo há em que os fantasmas vêmtodas as noites todos os diasno céu pairar como se nuvensfossem e nós um mar de safiras friasA luz contudo sobre nós aindavibra o seu sexo bárbaro esculpindo-nosna pele a história desses dias finda;e o mar que somos, reflectindono céu dos outros nossos corpos vivos,funde num tempo só o findo e o vivo
Gastão Cruz, A Moeda do Tempo

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