É sempre motivo de imensa satisfação
quando uma biblioteca recebe um escritor e, nesse contexto, face a face, podem
os leitores ouvi-lo e interpelá-lo. Motivo de satisfação acrescida quando o
autor se chama David Machado, reconhecido no panorama literário contemporâneo e
que faz parte de uma geração de novos autores da nossa língua que têm
conquistado, da parte do público leitor (dos miúdos aos graúdos), entusiástica
receção. A sua obra faz jus a esse reconhecimento. Motivo
acrescido ainda quando se olha e vê uma biblioteca apinhada de alunos e
professores, leitores de diferentes idades, num espaço como este onde a
leitura, os livros e as histórias são sempre tão especiais.
Assim aconteceu esta manhã, pelas 10h, num
momento de partilha e de leituras! David Machado, com obra feita nos domínios
da ficção literária, do romance e do conto às narrativas de cariz
infanto-juvenil, com títulos premiados em diversos contextos: Prémio Branquinho
da Fonseca, da Fundação Calouste Gulbenkian e do jornal Expresso (2005); Prémio
Autor SPA/RTP 2010 (melhor livro juvenil); Prémio da União Europeia para a
Literatura - 2015 (com o livro Índice Médio de Felicidade, que em 2017 foi
transposto para o grande ecrã pelo realizador Joaquim Leitão); esteve connosco
e falou-nos do seu ofício de escritor, do seu universo ficcional, das suas
obras e das temáticas que as atravessam. Na sua pessoalíssima alforge de
escritor já lá constam livros (da sua lavra), tais como: Histórias
Possíveis (2008); A Noite dos Animais Inventados (2006); O
Fabuloso Teatro do Gigante (2008); Acho que posso ajudar (2014); Deixem
Falar as Pedras (2011); Índice Médio de Felicidade (2013); Debaixo
da Pele (2017); Não te afastes (2018), entre outros
títulos.
Hoje tivemos o gosto de ouvir belas passagens, lidas pelo autor, de um título seu mais recente, o livro Não te afastes, aventurosa incursão do jovem Tomás pelos meandros da grande cidade (mas sob os efeitos devastadores de um furacão - qual dilúvio de proporções inauditas) em fuga e, paradoxalmente, em busca de si próprio, confrontando os seus medos, mas também e de forma inusitada pondo à prova a resistência da sua coragem. Sem levantar demasiado o véu sobre a trama deste último romance para todas as idades, aludiu ainda a uma amizade improvável e só concebível em momentos extraordinários, como os vividos pela personagem Tomás.
Hoje tivemos o gosto de ouvir belas passagens, lidas pelo autor, de um título seu mais recente, o livro Não te afastes, aventurosa incursão do jovem Tomás pelos meandros da grande cidade (mas sob os efeitos devastadores de um furacão - qual dilúvio de proporções inauditas) em fuga e, paradoxalmente, em busca de si próprio, confrontando os seus medos, mas também e de forma inusitada pondo à prova a resistência da sua coragem. Sem levantar demasiado o véu sobre a trama deste último romance para todas as idades, aludiu ainda a uma amizade improvável e só concebível em momentos extraordinários, como os vividos pela personagem Tomás.
Sim, o Índice Médio de
Felicidade (no nosso entender, uma elegia à esperança quando
confrontados com a queda, a crise e o caos vivencial) marcou também presença na
conversa desta manhã, desde logo com a leitura, pela prof.ª Marieta, de um
trecho emblemático daquele livro e com a chamada à colação de uma temática
também ela perceptível no contexto experiencial de várias das suas obras: o
medo, a coragem, a esperançosa busca da felicidade, sem que dela se faça um
totem nem tão pouco um obsessivo "Eldorado".
E assim foi, hoje, à conversa com David Machado, cientes de que com encontros assim chegamos um pouco mais aos leitores, em prol de mais e melhor leitura, mas também de conhecimento do que se faz na literatura portuguesa contemporânea.
[Gratos ao escritor, ao Serviço de Apoio às Bibliotecas Escolares de Barcelos, à Biblioteca Municipal de Barcelos]
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