21 de março de 2015

Quando a leitura quadra com a escrita - ecos da Semana da Leitura

Escrita - Leitura - Escrita / Leitura - Escrita -Leitura. 
Um círculo que bem pode ser virtuoso. 
Desta feita, Alberto Serra, jornalista, poeta, escritor, animador cultural, vinha disposto a proporcionar uma experiência de escrita aos alunos que, na tarde de quinta-feira, se deslocaram à sala de leitura da biblioteca da ESAF. Se no ano transacto a poesia tinha sido a matéria com que se moldou uma oficina de expressão, que tanto movimentou os alunos pelos recantos da biblioteca experimentando e dizendo poesia; agora o que estava em jogo era juntar palavras, articulá-las de tal modo que em resultado emergisse um texto, um texto criativo escorado em palavras-chave lançadas ao vento pelo mediador. Mas ainda antes do desafio tomar o seu rumo, em jeito de intróito ao que aí vinha, preparando o fio, Alberto Serra discorreu perante os alunos sobre "as pequenas coisas" de que se fazem listas, mas também grandes obras literárias. 
Poderia ter sido outro o rumo, e outro ainda, mas no jogo das palavras e das suas infinitas possibilidades, tocou falar de O Ano da Morte de Ricardo Reis, de José Saramago, e do trabalho de minúcia e investigação, facto a facto, registo a registo, que o nosso Nobel empreendia na construção das suas narrativas. E os alunos seguiam, seguiam o jogo, como que num jogo das contas de vidro... Estava lançado o desafio, e a hora de se concentrarem sobre o papel, de caneta em punho, começara. 
No final, o resultado foi uma mão cheia de textos escorados em cinco ou seis palavras-chave, textos criados em poucos minutos e de seguida lidos em grupo, qual tertúlia em torno da palavra escrita!
Valeu a pena. 
E agora... para quando a próxima oficina?
[Quanto às "pequenas criações" dos alunos, talvez um destes dias nos deparemos com elas por aqui.]

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