24 de novembro de 2013

Ecos de uma semana plena de cultura científica

A semana de trabalho na ESAF (entre 18 e 22 de novembro) iniciou-se com algo pouco habitual na biblioteca da escola. Não é que quem lá entrava se deparava com um cenário pouco comum: uma bancada de laboratório, tubos de ensaio, microscópios e lupas, barógrafos, micrótomos, espectrómetros, bússolas, radiómetro de Crookes, disco de Newton... e até um telescópio (do Clube de Astronomia), a par de substâncias várias e mesmo o DNA da banana e do Kiwi... 
O que se passava afinal? perguntavam os alunos, curiosos com tanta parafernália científica. Pois não esperaram pela resposta. 
Aí estava a Semana Nacional da Cultura Científica, uma iniciativa iniciada, a nível nacional, em 1997, em homenagem ao grande professor, estudioso e divulgador de ciência e também um dos grandes poetas da nossa Língua, Rómulo de Carvalho (conhecido no mundo das letras por António Gedeão). 
Numa parceria de todo profícua, professores de Biologia e Geologia, e de Física e Química, em colaboração com a biblioteca escolar, propiciaram à comunidade educativa da ES/3 Alcaides de Faria uma semana plena de eventos movidos pelo objetivo de sensibilizar para a cultura científica, o labor científico e tecnológico. 
Sob a supervisão da professora Ludovina (de Biologia/Geologia), alunos do 7.º ano levaram a cabo, no espaço da biblioteca, mas também noutros locais da escola, uma sucessão de happenings representando uma mão cheia de cientistas de renome, desde a antiguidade aos dias de hoje. Por aqui passaram Aristarco de Samos, Pitágoras, Aristóteles, Ptolomeu, Copérnico, Giordano Bruno, Galileu, Kepler, Newton, Einstein, G. Lemaître e tantos outros... pela figura, voz e expressividade daqueles alunos. 
Por aqui passou o fulgor da poesia de António Gedeão, com  os poemas Lágrima de Preta e Poema para Galileu, tão bem interpretados por alunos e com direito a encenação laboratorial. Os ácidos e os sais e outros que tais cruzaram-se com a beleza das palavras e a expressividade da música e da dança. 
Na bancada, os equipamentos científicos fizeram as delícias da observação curiosa. E foram tantos os alunos que por cá passaram, uns espantados com a "magia" da ciência, outros, mais esclarecidos, empenhados em demonstrar que sabiam utilizar tais equipamentos. Enfim, uma semana de ciência, onde até a Filosofia marcou presença, pois a 21 se comemorou o seu dia. Nada de estranho afinal, não fosse a Filosofia o chão da história da ciência.

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