19 de outubro de 2012

Até sempre Manuel António Pina

Um grande poeta partiu e no coração da nossa biblioteca escolar há-de ficar sempre a memória do dia em que nos visitou, a memória das suas palavras ditas por alunos, a memória da sua voz dizendo as suas palavras, a memória daquele momento e de todas as evocações que as suas palavras, a sua poesia, as suas histórias, a toada suave do seu conversar, nos faz relembrar, nesta hora do adeus. Foi numa tarde de nove de Junho de há um ano, uma tarde luminosa, tecida de palavras e de poemas, que Manuel António Pina nos visitou. Um momento perene para nós, que exultamos com a sua passagem pela biblioteca. 
Obrigado Manuel António Pina por aquele momento; gratos pelas palavras que nos deixou, nos seus escritos, nos seus poemas...as palavras certas.

[recuperamos uma apresentação da passagem de Manuel António Pina 
pela Biblioteca da ESAF, em 9 de junho de 2011]
[Frases de Manuel António Pina, recolhidas e registadas em vídeo na tarde de 9. Junho.11, numa agradável conversa com professores e alunos, na sala de leitura da biblioteca escolar da ES Alcaides de Faria.]
#1  "A vida é uma espécie de rio que corre para a nascente... acabamos sempre por regressar."
#2  "Os poetas ambicionam a inocência da infância, a de ver as coisas pela primeira vez."
#3  "As palavras não servem apenas para designar o mundo, servem também para criar mundos..."
#4  "O génio da Língua Portuguesa exprime-se mais na poesia do que na ficção."
#5  "Pessoa, sozinho, é por si só uma literatura."
#6  "Todos os poetas têm uma relação muito particular com a mãe e com a infância, com a origem, com o princípio..."
#7  "Só há dois temas em toda a arte: o amor e a morte. O amor ligado à origem do Ser... a morte ao desaparecimento do Ser (...) dois abismos desconhecidos: o antes e o depois. Perante esses abismos os homens interrogam-se sob a forma de música, poesia, filosofia..."
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Referências a Manuel António Pina neste blogue:
1. "[...] A sessão vai começar. Faz-se silêncio (a apresentação do autor será feita momentos mais tarde, no fim da performance de música, palavras e dança). O sexteto (jovens alunos estudantes de música), mirando as partituras, aguarda o sinal. Um dedo no ar e a Pavane de Fauré faz-se ouvir no alto “pé direito” da biblioteca. Escuta-se com atenção. Terminada a música, uma sucessão de vozes e movimentos no espaço dão corpo e expressão aos poemas escolhidos. A poesia está no ar, faz-nos vibrar. Seguimo-la, ora dócil e fulgurante, ora complexa e densa, convocando sentidos, evocando memórias, mas também suscitando a cogitação em torno desta ou aquela imagem, deste ou aquele pensamento, num constante estremecimento de palavras e de gestos." in Crónica de uma tarde com Manuel António Pina (ler mais aqui)
2. Parabéns, Manuel António Pina! (aquando da atribuição do Prémio Camões 2011 - ler mais aqui.
3. Manuel António Pina nas páginas da Ler e do JL - ler mais aqui.
4. Manuel António Pina, ecos de uma tertúlia com alunos e professores da ESAF - ler mais aqui.
5. Manuel António Pina, entre livros e pessoas, aqui na biblioteca - ler mais aqui.
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Aqui fica a nossa homenagem a um dos Poetas maiores da nossa Língua - Manuel António Pina (1943-2012).

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