Mais uma vez correndo, o tempo parou. E parou para provar o quão belo é um sonho de menina que guarda, desde o princípio, encontros casuais entre aqueles que pertencem ao universo literário assumido como tal e os que o buscam para encontrar o seu próprio tempo. É, sem dúvida, deste fruir, que nascemos e nos fazemos notas musicais numa pauta ainda em branco, já matizada de cores, formas e sons que tudo dizem sem que nada saibam. São os porquês dos ditos encontros que, afinal, nada têm de casual, porque o tempo que pára, correndo, se encarrega de no-los mostrar.
Foi assim o momento João Tordo, cujo diálogo natural e sadio com os jovens da nossa escola, que num desfilar de porquês sobre os enigmas que o movem na literatura, davam cor e musicalidade ao retalho de vida que passava diante de todos quantos escutavam a deliciosa melodia.
E foi também assim que a menina, esperando pelo tempo, foi ouvindo em seu tempo a maravilhosa música que a pauta da vida lhe vai concedendo: afinal, é tão fácil os deuses descerem ao mundo dos homens e os homens serem deuses, sempre que alguém sonha.
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