1 de novembro de 2009

Dia da Biblioteca Escolar | 26.10.2009


A 26 de Outubro, celebrámos pela terceira vez consecutiva o Dia (Inter)nacional das Bibliotecas Escolares, no quadro da celebração mais vasta que foi a do Mês Internacional das Bibliotecas Escolares – período em que, um pouco por todo o mundo, as bibliotecas escolares celebram a importância da sua acção enquanto estrutura de apoio ao processo educativo, espaço de cultura, de leitura, de aprendizagens, de encontro com a informação feita saber.
Aqui onde se lê por prazer e por busca de saber, onde se pesquisa informação e conhecimento, onde se estuda e se fazem trabalhos escolares, onde se acede à Internet, se lê o jornal do dia, a revista da semana, a revista cultural e científica, onde se visionam filmes e documentários com pendor educativo, aqui onde se prestam serviços de impressão e fotocópia, onde se apoia o aluno na pesquisa, aqui onde, sempre que possível, recebemos um escritor ou um palestrante… aqui também se faz, ou melhor, vem fazendo com regularidade, performances, dramatizações e encenações de textos (uns inéditos, outros de autor), leituras vocalizadas de excertos de obras de diferentes géneros, da poesia ao romance, entre tantas outras manifestações culturais.

Porque acreditamos que a biblioteca escolar / centro de recursos é um espaço orgânico, que deve acompanhar o tempo presente, que deve ser afinal uma biblioteca viva, uma biblioteca que, a par das valências que lhe estão comummente adstritas, possa também assumir uma função produtora e difusora de cultura. E tanto mais genuína quanto participada pelos seus elementos, alunos sobretudo (é para eles que trabalhamos em especial), mas também por professores e outros agentes educativos.

E porque assim é, gizaram-se ideias, seleccionaram-se textos, motivaram-se alunos, ensaiou-se nas salas, na biblioteca (mesmo que ao sábado), preparam-se cenários, elaboraram-se adereços … e “o homem sonha e a obra nasce”.

Manhã de segunda-feira, 26/10, tudo a postos - o dia prometia mas, entre os intervenientes, alunos não actores, expectativas e apreensões naturais transpareciam nos rostos.

Calma! A sessão vai começar!

O espaço da biblioteca (não, não temos um auditório – talvez um dia destes – dizem-nos que para breve – pois a escola está em obras… aqui bem ao lado ouvem-se os sons das máquinas que esburacam a terra e dos operários que constroem os alicerces daquilo que há-de ser uma nova escola), o espaço da biblioteca… dizíamos, rapidamente se preencheu, turmas do básico, sobretudo. Lá para a noite – houve uma outra sessão – o público foi outro, pais de alunos, formandos das Novas Oportunidades, entre outros membros da comunidade envolvente.

A sessão começou. O lema que adoptámos para este ano, a par do internacional “big picture” foi “Todo um Mundo…na Biblioteca Escolar”. Representaram-se (textos inéditos), leram-se excertos de prosadores e poetas, convocaram-se passagens da “Biblioteca Mágica” de Jostein Gaarder, e a música, a dança e o teatro marcaram presença… Mas, as palavras, essas, encantatórias, preencheram o auditório improvisado, ressoando nas vozes dos nossos alunos leitores, qual concerto de palavras!

Finalmente as duas marionetas falantes e tão bem ordenadas, da Prof.ª Marieta (elemento da equipa da Biblioteca Escolar, que com os seus alunos e outros alunos colaboradores da BE, a nossa colaboração, tornou real a sessão), despediram-se com um tocante diálogo à volta da biblioteca, do seu papel e da sua importância no contexto escolar; afinal, em torno do impacto que ela tem sobre todos aqueles que a procuram - alunos, professores, pais e encarregados de educação… porque por cá, como por um grande número de bibliotecas escolares deste país, há mesmo vida na biblioteca!

Celebrando a biblioteca escolar, sabemos bem que um vasto leque de objectivos pedagógicos e culturais são atingidos… desde logo a promoção da leitura e com ela da cultura (há alunos que nunca assistiram a um sketche, a uma actividade de leitura pública, onde o livro, a festa do livro e das palavras ocupem lugar de destaque). E com isto, não apenas com o modelo escolarizado de aproximação às obras (obviamente necessário e incontornável), também chegamos ao fomento da leitura, ao seu despertar por via do desejo, do prazer de ler, da sedução…ou, como disse Barthes, proporcionando experiências e manifestações de leitura num contexto tal que possa ela mesma, a leitura, ser “o reescrever das obras dentro do texto das nossas vidas”.

Um post scriptum, para dar nota que esta actividade, inserida no âmbito das celebrações do Mês Internacional das Bibliotecas Escolares, implicou entre tantas estratégias de acção, a produção de cartazes alusivos, assim como a elaboração e oferta, aos membros da comunidade escolar, de um marcador de livros (ainda disponíveis no portaflyers da BESAF), com o nosso lema deste ano “Todo um Mundo… na Biblioteca Escolar”, acrescido da expressão: “Um ponto de apoio no teu percurso escolar”.


2 comentários:

Anónimo disse...

Parabéns pela iniciativa!!!
Vou começara passar mais pela biblioteca!!

anabela disse...

Gostei muito de fazer parte deste projecto! E já sabem sempre que precisarem aqui estarei ; )