Ontem foi dia grande na BE. Bem, acho que todos os dias o são, afinal este é um local de procura constante, onde se busca informação, se estuda, se fazem trabalhos, se manuseiam e lêem livros, cds, dvds, informação na rede, entre tantos outros encontros com o conhecimento e, nesse contexto, com as pessoas que diariamente frequentam o espaço BE/CRE. Mas, insisto, ontem teve um quê de especial, como tem acontecido noutros momentos especiais, quando aos livros, computadores, mobiliário e outros recursos se juntam outros objectos, como um piano, sim um piano (mesmo que emprestado), ou um baú (alguns chamam-lhe arca) de surpresas, como aquele que cá temos.
Pois é! A biblioteca voltou a ser palco de mais uma actividade de animação lúdico-pedagógica, plena de criatividade e emoção. Por aqui passaram as vozes de poetas ditas, cantadas, declamadas, por alunos, ora proferidas com telúrica energia ora suavemente lançadas na vibração do ar. F. Pessoa, Almada Negreiros, Drumond de Andrade, Al Berto, Vinicius de Moraes, Herberto Hélder, entre outros, "marcaram presença" ao som da música, ao ritmo da dança e da expressão corporal, numa mescla de interpretações levadas a cabo por um grupo de alunas e alunos sob a batuta da Profª Marieta, membro desta equipa da BE/CRE que acredita que o sonho comanda a vida sem deixar de ter os pés bem assentes no chão. De tudo um pouco, poesia, música, dança, jogo de sombras, bonecos falantes, a par das diferentes personagens que a "biblioteca verde " (Ah! Os versos de Drumond de Andrade) despoletou e o baú que em sucessivas levas libertou.
Depois das boas-vindas dos bonecos, lembrando o encontro de há um ano e marcando o reencontro para um próximo, lá chegou a “biblioteca de percalina verde” que serviu de clique para relembrar e até enaltecer, por via dos livros, é certo, os adorados livros, o papel e a função deste espaço no seio da comunidade escolar; foi a vez de toda uma plêiade de poetas e poemas (que referimos em cima), pelos dotes de interpretação dos nossos alunos, chegarem até ao público alargado que por cá passou, alunos (muitos) mas também professores e pais.
Que bela noite afinal, depois de um arranque matinal tão prometedor (tivemos uma sessão de manhã). Que melhor maneira de despertar no outro o gosto pelas palavras, pela leitura, pelos livros, pelos universos que eles nos abrem. Que melhor maneira para chegar até àqueles para quem a cultura é por vezes um luxo a que alguns acedem. Pode a biblioteca de uma escola tentar, também ela, sem presunção de espectáculo, mas ciente de que é pólo difusor de cultura, porque local onde ela acontece, não só nestes momentos mas sempre que o seu espaço adquire vida e um aluno, um professor, mesmo um encarregado de educação a procura, fazer com que aconteça algo mais para além do labor quotidiano? Pode.
Assim. Peremptoriamente!
Uma nota, só para dizer que esta actividade se inseriu no âmbito das comemorações do Mês Internacional das Bibliotecas Escolares. Para além de cartazes alusivos, foram também elaborados e oferecidos, aos membros da comunidade escolar, marcadores de livros (ainda disponíveis no portaflyers da BESAF).











Sem comentários:
Enviar um comentário