É urgente o amor
É urgente um barco no mar
É urgente destruir certas palavras,
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos, muitas espadas.
(…) _ Eugénio de Andrade
Ontem, no âmbito da "Semana dos Direitos", organizada pela
Biblioteca da E S Alcaides de Faria - Barcelos, no quadro das iniciativas
concelhias sobre o tema, assinalamos a importância dos direitos e dos deveres
de cidadania e do papel da Declaração Universal dos Direitos Humanos na
construção de um mundo mais cívico e que tenda para a consecução da dignidade
humana.
A sessão de sensibilização iniciou-se no espaço da biblioteca escolar,
de onde partiram muitos alunos, com balões multicoloridos e com eles as
inscrições de cada um dos artigos da D.U.D.H., e desenvolveu-se em espaço
aberto, dentro do perímetro da escola. Ali, num dos nossos espaços verdes,
falamos do que está em causa quando a causa são os direitos humanos, de como
importa conhecer cada um dos direitos que nos assistem como cidadãos e de como,
no mesmo repto, importa saber dos nossos deveres perante os outros, a
sociedade.
Sob o signo – educar para a cidadania defendendo causas – a evocação
dos direitos humanos foi também um momento para lembrar que, no próximo sábado,
10/12, se assinalam 68 anos da aprovação, pelas Nações Unidas, da D.U.D.H. ;
lembrar que o que está inscrito naquela declaração é de suma importância para a
o destino da Humanidade. Defender ou ignorar os direitos de todos e de cada um
- eis a linha de demarcação entre uma sociedade que pugna pela dignidade humana
ou aquela que tende para a barbárie.
A aposta na literacia cívica, como noutras tão essenciais aos pilares
da cidadania democrática, é um desafio da escola, ao qual a biblioteca da ESAF
não deixa de responder, mobilizando alunos para iniciativas como aquela que
ontem levamos a cabo.
Assim aconteceu pelas vozes melodiosas das alunas Beatriz Rainha (que
interpretou - What a Wonderful World (de Louis Armstrong) e Alexandra Dias que
musicou (ao piano) e cantou o belíssimo poema de Eugénio de Andrade –
Urgentemente; magnificamente acompanhadas pelos alunos António Ressureição e
Pedro Dias (guitarras).
Mas também a poesia dita (e bem dita), para além dos balões que subiram ao céu, teve o seu momento, com a leitura (pelo aluno Pedro Dias) do poema Carta a meus filhos sobre os fuzilamentos de Goya (de Jorge de Sena).
Mas também a poesia dita (e bem dita), para além dos balões que subiram ao céu, teve o seu momento, com a leitura (pelo aluno Pedro Dias) do poema Carta a meus filhos sobre os fuzilamentos de Goya (de Jorge de Sena).
[Uma nota de agradecimento, desde logo para estes alunos que se
prepararam a preceito para a iniciativa, aos demais que nela marcaram cívica
presença, aos professores e assistentes operacionais que connosco colaboraram,
ao Clube de Música do Agrupamento e, já agora, a todos quantos acreditam que a
escola partindo dela (a sala de aula) vai sempre além da sala de aula... se
queremos formar cidadãos para o mundo.]
Sem comentários:
Enviar um comentário