Na semana da leitura que a partir da próxima segunda-feira e até sexta se celebra no nosso país de uma modo muito especial, mobilizando escolas, bibliotecas, bibliotecários, mediadores da leitura, alunos, leitores, importa ressaltar não só a reconhecida faceta utilitária da leitura (seja na escola, seja no devir quotidiano); não só ainda a dimensão prazerosa (e tão querida) que dela pode resultar, mas também (e quão importante isso é!) a inescapável dimensão vital da leitura no que toca a elaborar sentido ou, como nos diz a antropóloga Michèle Petite, num prodigioso livrinho sobre a leitura (Ler O Mundo), a "dar forma à própria existência, ou ao seu lado sombrio, ou à sua verdade interior, secreta", a "construir um mundo habitável, humano", tal como "alimentar o pensamento e formar o "coração inteligente".
É pois tempo de celebrar o ato de ler, celebrar a leitura e os leitores.
É de festividade que se trata, da festa da leitura, este ano sem a presencialidade que todos desejávamos, mas, pela mediação virtual, vamos fazer com que as distâncias se esbatam e os livros e a leitura façam o seu melhor: a virtude de nos aproximar do Outro e com ele dialogar.
Aqui fica o nosso cartaz - há uma luz que nos ilumina e nos junta em comunidade, onde os livros, parafraseando Jean-Marc Besse, "são como fogueiras que repelem a noite na floresta".
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