"Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade."
- este é o 1.º de 30 artigos que constam num dos documentos mais importantes aprovado pela maioria das nações poucos anos depois do final da 2.ª Guerra Mundial, tragédia de colossal dimensão, a par de uma outra guerra (a de 1914/18) que já havia feito milhões de mortos. Falamos dos 30 artigos que compõem a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), adotada e proclamada (na sua Resolução 217A (III) pela Assembleia Geral das Nações Unidas a 10 de dezembro de 1948.
Volvidos 72 anos sobre esse momento histórico em que os países se uniram em torno de uma carta de direitos inalienáveis como os da liberdade, da justiça e da paz no mundo; olhamos à nossa volta, atendemos à história das últimas sete décadas, e constatamos tristemente quanto ainda há por fazer. Sim, é certo que muitas conquistas foram possíveis, graças às democracias que em diferentes locais do planeta se instituíram; mas sim, também é certo que muito há a fazer num mundo ainda profundamente marcado pela injustiça, pela ausência de fraternidade, um mundo desigual e, em tantos locais do globo, tão desumanizado.
É por isto que queremos chamar a atenção dos alunos da nossa comunidade, lembrar-lhes como importa defender direitos, liberdades e garantias; mas, ato contínuo, recordar que sendo pessoas com direitos também somos seres de deveres, como bem salientou José Saramago (Prémio Nobel da Literatura), no ano do seu Nobel (o mesmo em que se cumpria meio século sobre a proclamação da D.U.D.H.) -
"Tomemos então nós, cidadãos comuns, a palavra: com a mesma veemência com que reivindicamos os direitos, reivindiquemos também o dever dos nossos deveres. Talvez assim o mundo possa ser um pouco melhor.”
[Na imagem, o nosso cartaz alusivo ao septuagésimo segundo aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos]
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