15 de fevereiro de 2012

In Memoriam

Um ano após (14/02), relembramos o grande amigo, professor e poeta, Francisco Carmelo.
Fica um poema, um dos vários que durante alguns meses, quase diariamente, deixava na biblioteca ao cuidado do professor bibliotecário e que eram divulgados no suporte da foto.
Era a sua  dádiva poética aos leitores.


E reconcilio-me e cessa a razão da poesia
E olho finalmente o rio Tejo de uma longínqua sala de aula
E mesmo sem ti a vida é de graça, nada pesa.
E o rio basta-me para esquecer a imperfeição e ser o meu mais forte equilíbrio do mundo, de agora.
Dar-nos bem e sermos a paisagem
Só a arte e o amor não são inúteis
Não nado no rio porque é muito longe
e o inverno agora no norte é grande
Somos dos outros, nem a roupa nos pertence.
                                                                                     Francisco Vasconcelos, 6/1/11

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